quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Opinião - O efeito Dilma (Parte I)

Reprodução da Internet
Por Cisio Janus L.Costa, contador, MBA-FGV

“Sim, eu sei de onde venho! / Insatisfeito como o fogo / Ardo para me consumir. / Aquilo em que toco torna-se flama, /Em carvão aquilo que abandono: / Sou fogo, com certeza” (Ecce Homo, Brincadeiras, manhã e vingança. A Gala da Ciência, Friednich Nietzsche). 
“Homem nenhum duvida da veracidade da afirmação que segue: quando algo está imóvel, permanecerá imóvel para sempre, a menos que alguma coisa a agite” (Sobre imaginação, Memória – sonhos – Aparições ou visões – Entendimento, Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil, Thomas Hobbes)

Esses pensamentos nos dão uma exata noção de como está o espirito dos brasileiros neste momento, ou pelo menos daqueles que acreditam na forma mais real de mudança, o voto, mas que este nos vitupera de maneira tão inacreditável, que muitas vezes nos fazem repensar se devemos continuar a lida, mas vamos aos fatos:

O efeito Dilma está na boca do mercado financeiro nacional e internacional neste momento, cada seguimento, pergunta-se: deverá este país retornar ao crescimento, e continuará vivendo por apenas sonhos Dos versus de Renato Russo, o Brasil é o pais do futuro?

O futuro já chegou e até rápido, pois não deixou nem a poeira assentar-se, o dólar sobe para R$ 2,52; ações do governo caem vertiginosamente; a Petrobrás no embalo do escândalo Petrolão caiu 12%; a Eletrobrás 11% e as ações do Banco do Brasil 6%; uma média de 12% no Brasil e 16% no exterior, Inflação em alta, câmbio as alturas, o superávit primário que verifica a possibilidade de pagar as dívidas públicas, esse ninguém viu, mandou lembranças. O Petrolão ou desculpem o trocadilho, a Petrobrás nosso “patrimônio”, contrata auditorias externas para verificar as contas, pois os investidores, esses coitados nem sabem mais o que são ganhos, somente corrupção. Os governos usam seu poder para beneficiar grandes empresas, e não para garantir o bom funcionamento do mercado e assim beneficiar os consumidores, é o que o economista italiano Luigi Zingales chama de Capitalismo para o Povo, no seu livro (A Capitalism for the People), os agentes financeiros usam suas influencias para beneficiar a si mesmo, os seus lobbies são para impedir o ingresso de novos competidores e assim lucrarem mais.

Vivemos dias de futuro incertos, nosso Brasil com a reeleição de Dilma vemos uma gigantesca epopeia de significados apenas serem ovacionados no campo da imaginação de um povo distante da realidade, ou melhor de regiões. O conceito de que o homem era produto de suas circunstâncias, e que essas circunstâncias não eram predeterminadas, imutáveis ou totalmente imunes à intervenção humana, é uma das descobertas mais radicais de todos os tempos. “Alfred Marshall chamou a economia moderna de Organon, palavra do grego antigo que significa instrumento-não conjunto, um conjunto de verdades, mas um “mecanismo de análise” útil para descobrir verdades e, como o termo sugere, um instrumento que nunca estaria completo ou perfeito, mas que sempre exigiria melhorias, adaptações e inovações.” (A Imaginação Econômica, Sylvia Nassar), é difícil ver-nos aqui neste nosso Brasil buscar melhorias e devemos estar sempre contemplando o interesse de um povo, mas sempre colocamos interesses partidários em primeiro plano. Keynes chamou de “o problema político da humanidade: como combinar três coisas, eficiência econômica, justiça social e liberdade individual”, como combinar diria este observador que vos escreve, pois o nosso Brasil de Dilma apenas fala em política social, o restante, esse que se dane. As verdades absolutas sobre crescimento se passa por uma única vertente de atender os interesses de partidos e aliados sem escrúpulos.

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