quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Maranhão também ocupa índices preocupantes quando o assunto é educação, diz Simplício Araujo


O Maranhão também ocupa posição ruim quando o assunto é educação. O descaso atinge vários setores no estado, o que mostra que o governo estadual não está dando a devida atenção para áreas essenciais. Se tratando da qualidade de ensino, o Maranhão também conta com alguns dos piores indicadores do Brasil.
Desde cedo, crianças maranhenses estão muito atrás do resto do país. De acordo com a Prova ABC, ao fim do 3º ano do ensino fundamental, só 27,9% delas são proficientes em leitura, 10% em matemática e 13% em escrita. As médias brasileiras são respectivamente 44,5%, 33,3% e 30%. Ou seja: o Maranhão tem menos de metade dos resultados já ruins do país, sendo que essas crianças estão apenas iniciando a trajetória escolar. A informação é do jornal “O Globo”.
Na avaliação do deputado Simplício Araújo (Solidariedade/MA), a falta de políticas públicas e de investimento faz com que o estado continue atrasado, ocupando lugares preocupantes. “Não é de hoje a falta de prioridade do governo Roseana Sarney. O Maranhão vem sendo destaque negativamente na mídia, o que nos envergonha. A educação é apenas mais um setor que reforça a falta de gestão desse governo”, afirmou o parlamentar.
No Maranhão, somente 45% dos jovens de 15 a 17 anos estão matriculados no ensino médio, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Apenas 38% dos jovens de 19 anos que conseguiram chegar a essa etapa de ensino no estado a concluíram e, entre eles, só 11,8% aprenderam o mínimo adequado em língua portuguesa, e 1,6% em matemática.
A renda média dos demais 79.576 jovens dessa idade que não têm o ensino médio completo é de menos de R$ 500 por mês.
No sistema carcerário do Maranhão, palco das atrocidades que chocaram o país nos últimos dias, a cobertura educacional é precária: a taxa de matrícula de pessoas com privação de liberdade era de apenas 5% em 2012, segundo dados do InfoPen (Ministério da Justiça). Aqueles que não chegaram ao fim do ensino médio somavam então 91%, e, entre eles, a grande maioria sequer completou o ensino fundamental.
Diante do cenário, Simplício ressaltou a importância de o governo priorizar o setor, dando assim melhor ensino e oportunidades para os jovens maranhenses. “A situação é crítica. As nossas crianças precisam de um ensino de qualidade para que possam ter um futuro próspero.”
Reportagem: Letícia Bogéa