terça-feira, 17 de março de 2015

Deputado Levi Pontes ressalta importância da medicina preventiva nos hospitais



O deputado Levi Pontes (SD), em pronunciamento feito na sessão desta terça-feira (17), ressaltou a importância da medicina preventiva para evitar a superlotação nos leitos dos hospitais em todo o país. Ao contrário da sua colega Andrea Murad (PMDB), que defende a adoção de medidas voltadas para o atendimento hospitalar de alta e média complexidade, o parlamentar entende que é através da atenção básica que a saúde dos brasileiros vai melhorar.

Ele lembrou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde alertam que com as ações primárias, são resolvidos cerca de 80% de todos os problemas de saúde pública, daí a importância de se trabalhar na atenção básica.

“Hoje, no Maranhão, quatro pés são amputados por dia. No final do ano, mil pessoas são amputadas, diminuindo a sua capacidade de trabalho. Por que esses diabéticos chegam ao hospital dando prejuízo para todo o sistema, tornando o ser humano, pai de família, incapacitado? Porque não existe medicina primária”, alertou Levi Pontes.

Ao afirmar que não culpa o governo anterior pelo caos na saúde, o deputado disse que há uma distorção do modelo da saúde. Tanto que, segundo ele, as medicinas mundial e brasileira chegaram à conclusão, que deve haver mais investimentos na prevenção.

“A minha discussão é evitar que o paciente chegue ao hospital; chegue à UTI. Os prefeitos têm que entender, de uma vez por todas, que nós temos que investir em medicina. Foi um grande equívoco do passado, investir em hospitais. Todo prefeito quer um hospital, porque inaugurar é sempre bom, mas nós precisamos é de água potável e de saneamento básico para o nosso povo”, afirmou Levi Pontes.

Ao finalizar, o deputado disse que o grande segredo e o sucesso do século da Medicina é mudar o paradigma da saúde de que Estado bom, é o que tem hospitais; que tem UTI, pois esse não é esse o parâmetro que se usa no mundo. “O que eu quero é a mudança do paradigma de se fazer saúde, e não só construção de hospital e UTI. Isso é muito importante para os casos terminais, para os casos graves, mas nós queremos é evitar que estes pacientes cheguem lá”, assegurou Levi Pontes.

Em apartes Andrea Murad e Raimundo Cutrim (PCdoB), comentaram a fala de Levi Pontes. Andrea lembrou que a atenção básica é de responsabilidade do município e que ao Estado cabe oferecer o atendimento de média e alta complexidade. “Não sou contra o governo do Estado ajudar na atenção básica, mas desde que ele cumpra as suas obrigações. Flávio Dino não está conseguindo manter tudo que ele recebeu”, enfatizou Andrea Murad.

Já Raimundo Cutrim afirmou que a situação da saúde é grave e o Estado não tem condições de manter toda estrutura que foi montada na saúde, no governo passado. “A situação hoje da saúde, é crítica. É muito difícil para o Estado chegar e assumir uma estrutura gigantesca que foi, única e exclusivamente, montada para campanha eleitoral”, disse o deputado.

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